Perante a lei, existem dois tipos de pessoas: a física e a jurídica. A pessoa jurídica é uma empresa e envolve maior complexidade. A contratação dos serviços de pessoa jurídica aumentou pelo fato de envolver menos gastos para a empresa contratante.

O PJ deixa de ser pessoa física (PF) e assume o status de uma empresa que oferece serviços para outra. Como se trata de prestação de serviços (terceirização), não existe funcionário. Há, até certo ponto, mais autonomia para a PJ, e ela terá oportunidade de oferecer seus serviços para diferentes organizações.

Outra vantagem nesse sistema é que a PJ contratada recebe salário mais alto. Apesar desses benefícios, é recomendável pensar bem antes de optar por essa alternativa. Por isso, vamos mostrar aqui 6 cuidados indispensáveis ao trabalhar como PJ!

1. REDIJA UM CONTRATO

Quando se transformar em PJ, você atuará como um prestador de serviços, e todo trabalho deverá ser realizado a partir de contratos. Por esse motivo, você precisa estar atento a tudo o que o contrato especifica. Caso julgue necessário, leia todas as cláusulas do documento acompanhado por um advogado. Se o advogado julgar viável, ele poderá sugerir algumas modificações no contrato.

2. COMPREENDA SEUS GASTOS

Quando se escolhe trabalhar como PJ, um dos gastos mais importantes é o pagamento dos impostos. O valor da tributação depende de certas variáveis: o tipo de atividade executada, o faturamento, o total de pró-labore retirado, os municípios da sede da empresa contratante e da PJ contratada.

O pró-labore é a remuneração dada ao administrador por seus serviços e sobre ele incidem Imposto de Renda (IR) e INSS. O ISSQN, imposto municipal, também pode ser retido na fonte, e a PJ recebe menos. As obrigações acessórias são o envio de informações contábeis/fiscais aos órgãos competentes.

3. APRENDA A NEGOCIAR BEM

Há situações em que uma pessoa deixa de ter registro em uma organização, mas se torna PJ no mesmo local. Isso costuma ocorrer por iniciativa da própria organização, facilitando a negociação de benefícios. Caso não seja essa a situação, a PJ deve aproveitar para negociar possíveis benefícios adicionais ou então reconsiderar o valor da remuneração.

4. CONTRATE UM CONTADOR

A pessoa que decide trabalhar como PJ precisa dos serviços de um contador qualificado para organizar seus compromissos e ajudá-la na quitação de diferentes gastos extras e dos impostos ao governo.

Quando se abre uma empresa, é preciso contratar um profissional para controlar o fechamento das contas do mês. O contador é a melhor opção para orientar e, se for o caso, efetivar processos, bem como operações financeiras e fiscais.

5. EXECUTE SOMENTE O QUE ESTÁ NO CONTRATO

O profissional PJ, como foi dito logo na introdução, não é um funcionário. Ele deve fazer valer sua posição, pois não há mais subordinações. Todos os serviços que ele deve realizar precisam estar registrados no contrato. A empresa contratante não tem o direito de solicitar (e muito menos exigir) nada que não conste no documento.

6. PENSE NA POSSIBILIDADE DE PREVIDÊNCIA PRIVADA

Um funcionário registrado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) tem direito a muitos benefícios, como o seguro-desemprego, o vale-alimentação, o vale-transporte, o convênio médico e outros.

O profissional PJ, por outro lado, recebe somente o seu salário (na maior parte dos casos). Assim, ele deve realizar um planejamento para dar conta de todas as suas despesas. Nesse contexto, pagar uma previdência privada se mostra como uma alternativa com o objetivo de se preparar melhor para o futuro.

Trabalhar como PJ é uma oportunidade para muitos profissionais. Mas é bom lembrar que tudo tem suas vantagens e desvantagens. Planeje-se bem antes de decidir e faça bom uso de seu dinheiro, esforçando-se para manter sempre uma boa reputação e conquistar mais clientes.

Agora é a sua vez de falar: o que pensa sobre o profissional PJ? Deseja atuar dessa forma? Faça seu comentário. Compartilhe sua opinião nas redes sociais com outros leitores!