O planejamento financeiro empresarial está entre as principais preocupações de um gestor ou dono de negócio. Afinal de contas, é possível iniciar um empreendimento, mas, se não houver uma gestão financeira apropriada, ele pode vir a fechar em pouco tempo.
Essa situação é comum principalmente entre as microempresas e as pequenas empresas do Brasil. Ainda que o gestor tenha boas ideias, ele pode incorrer em erros financeiros básicos que prejudicam o negócio.
Aproveite para descobrir como fazer um bom planejamento financeiro empresarial de modo a garantir a permanência, a sobrevivência e a expansão do seu negócio!
O que é o planejamento financeiro empresarial?
O planejamento financeiro empresarial é uma ferramenta que integra a estrutura que embasa todas as etapas de crescimento e maturação de um empreendimento no mercado concorrido da atualidade.
Em outras palavras, é um roteiro que permite projetar o futuro da situação financeira de um empreendimento com base na realidade atual. É um guia desenvolvido com recursos administrativos e contábeis, sendo consolidado como um documento.
O planejamento financeiro empresarial serve para fundamentar a tomada de decisões importantes, como abertura de filiais, investimento em melhorias, redução de gastos, melhoria dos processos e outros.
Qual é a importância do planejamento financeiro empresarial?
O planejamento financeiro empresarial é uma diferença entre a empresa que se planeja para o futuro e a empresa que se deixa levar sem planejamento definido. Não importa qual seja o ramo de atuação, a empresa necessita de recursos para abrir e manter o negócio.
A finalidade de uma empresa é suprir alguma demanda do mercado e, como recompensa, ele gera lucros para o negócio que oferta o produto/serviço.
Dessa forma, o setor de finanças desempenha papel relevante na sustentabilidade da empresa durante a sua existência. Porém, para funcionar é preciso que ele seja integrado a outros setores da empresa, como vendas, estoques, marketing e assim por diante. Na verdade, é possível resumir os pilares de um empreendimento em:
- finanças;
- comercial;
- recursos humanos;
- operações.
Quais são as etapas para fazer um planejamento financeiro empresarial?
Para fazer um bom planejamento financeiro empresarial é importante definir objetivos e metas. O objetivo pode ser a manutenção da estabilidade dos níveis de faturamento e de lucros ou expandir-se em determinado ritmo em um prazo específico.
Caso o objetivo seja a expansão e a conquista de novos mercados, será necessário provavelmente fazer algum investimento com recursos próprios ou por meio de alavancagem.
Quando falamos em finanças, a finalidade é avaliar o comportamento das finanças ao longo do tempo. Após definir os objetivos e as metas, é necessário fazer um raio-X do momento financeiro atual. Para essa etapa, diferentes indicadores financeiros podem ser aplicados:
- ticket médio;
- margem de lucro;
- margem de contribuição;
- ponto de equilíbrio;
- CMV (custo das mercadorias vendidas).
O diagnóstico revela se a empresa vem sendo bem gerenciada, se existe reserva de lucro ou se há condições de assumir dívidas. Vale ressaltar que o crescimento da empresa somente será sustentável se for realizado de forma organizada.
Caso o objetivo seja a manutenção dos níveis de receita e de lucros, é necessário acompanhar as despesas e os custos com cuidado. Depois disso, a etapa é a projeção do fluxo das finanças futuras, seguida do monitoramento das metas. Vamos falar um pouco mais sobre essas etapas:
Definição de objetivos
Definir os objetivos é o passo inicial: aumento das vendas, aumento da margem de lucro, abertura de uma filial, redução de gastos fixos.
Criação de um plano de ação
Após determinar quais serão os objetivos, convém definir um plano de ação. Esse plano de ação deve ser dividido em metas. Nos pontos anteriores, falamos que o setor de finanças não funciona sozinho: ele funciona como um sistema que deve atuar de forma integrada.
Dessa maneira, o plano de ação deve indicar metas para os vários setores da empresa. Elas devem ser alcançáveis e mensuráveis. O gestor também deve dividir tarefas, prazos e mecanismos de monitoramento para o alcance das metas estabelecidas.
Identificação das despesas e dos custos da empresa
O planejamento financeiro empresarial envolve também o controle diário sobre as despesas e os custos de qualquer empresa, pequena, média ou grande.
Os custos (variáveis e fixos) relacionam-se à atividade-fim do empreendimento, como itens de estoque, matérias-primas.
As despesas também podem ser variáveis ou fixas. São gastos indiretos, de natureza administrativa, com gastos com profissionais do escritório, contas de telefone, aluguel da sede.
Elaboração orçamentária
Os orçamentos são técnicas de finanças que fazem a estimativa de despesas e receitas de uma empresa em um período futuro. Quanto maior o período do orçamento, mais complicado será prever receitas e despesas.
O orçamento pode envolver as compras, as vendas, a produção, as despesas, os financiamentos, os investimentos e assim por diante.
Registro das movimentações financeiras
Existem empresas que não dão às pequenas movimentações financeiras a importância devida. Porém, uma prática saudável é registrar tudo que entra e tudo que sai do caixa.
Para manter esse controle, há instrumentos importantes como o Livro Diário, o Livro Caixa, o Livro Caixa, o Livro de Registro de Prestação de Serviços, o Livro de Registro de Inventário.
Os relatórios, indicadores financeiros e demonstrativos somente serão fiéis à realidade de uma empresa caso exista um detalhado registro de todas as movimentações financeiras.
Use a tecnologia
As ferramentas tecnológicas automatizam os processos, melhorando a produtividade. Usando softwares e sistemas, os lançamentos feitos de forma manual podem ser feitos com rapidez e eficiência.
Dessa forma, o gestor pode ter informações em tempo real a respeito de setores diferentes da organização, facilitando o planejamento financeiro empresarial.
Quais são os erros que devem ser evitados no planejamento?
Para que o planejamento financeiro empresarial seja efetivado com sucesso, é importante ficar atento a certos erros que podem atrapalhar:
- planejamento sem controle: a falta de controle sobre as contas a pagar e as contas a receber gera problemas em médio e em curto prazo;
- não integração dos setores: todos os setores da empresa devem atuar de forma integrada, em sincronia uns com os outros
- faturamento superestimado: há outros elementos a considerar em um planejamento financeiro além da receita bruta das vendas; diante de um alto faturamento, avalie se os lucros estão sendo compatíveis;
- planejamento sem execução: alguns gestores tratam o planejamento como algo teórico e abstrato, mas deveriam agir, ou seja, deveriam tornar o planejamento prático;
- não observação dos fatores externos: é fundamental que a empresa acompanhe as tendências do mercado e todas as condições macroeconômicas (crises, ciclos econômicos, ciclos de produtos e assim por diante);
- precificação sem critérios: a precificação deve observar fatores internos (custo da mercadoria vendida, gastos variáveis e fixos, margem de lucro, tributos) e fatores externos (preço médio do produto no mercado, perfil do consumidor).
Agora você já sabe: o planejamento financeiro empresarial não é apenas uma ferramenta, mas a espinha dorsal de um negócio próspero. Ele ilumina o caminho para o crescimento, destaca a importância de cada etapa e nos alerta sobre possíveis deslizes dentro da organização. Ao dominar essa arte, sua empresa não apenas sobrevive, mas se destaca em um mercado competitivo.
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